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Ontem tive a oportunidade de ser host e coordenar o debate de um painel sobre Inteligência Artificial e Product Management, reunindo nomes como Paulo Chiodi (Itaú, Product Guru’s), Julia Sousa (Nubank, Product Guru’s), e com Douglas Siqueira, Principal Product Manager e Responsável pelo Lab AI e Internacionalização do Grupo H2 e Embaixador do Miro no Brasil e Selma Carvalho, Coordenadora MBA Product Management & Growth Leadership, Especialista em Processos Governança TI – Porto Seguro . A conversa trouxe provocações importantes para quem está construindo produtos na era da IA.
Aqui vão alguns dos 8 pontos que anotei e que marcaram a discussão:
1. Ferramentas de IA em ascensão

Douglas Siqueira compartilhou algumas indicações valiosas: LMArena, 100VibeCoding e CodeSignal (o “Duolingo de programação e IA”). Além disso, apareceram outras ferramentas promissoras, como Notebook LM, N8N, Lovable e Skip (brasileira), que estão ampliando a capacidade de criar soluções de forma rápida e acessível.
2. O papel do Product Builder - hype ou veio para ficar?

Discutimos se o cargo de Product Builder é uma função consolidada ou apenas passageira. A percepção é que ele atende bem a um momento de experimentação e agilidade em times menores, mas ainda há dúvidas sobre sua permanência em estruturas corporativas mais tradicionais.
3. IA em ambientes corporativos e não corporativos

A IA está atravessando fronteiras: seja em empresas estruturadas ou em projetos independentes, ela já está transformando o modo como interagimos com produtos. Essa dualidade levanta questões sobre maturidade, governança e velocidade de adoção - além de que em grandes corporações você vai ser proibido de utilizar a sua IA Generativa queridinha, seja ChatGPT, Claude ou Perplexity.
4. Personas sintéticas - vale a pena usar para pesquisa e validação?

Outro tema que ganhou destaque foi o uso de personas sintéticas — avatares criados com base em dados de IA para simular comportamentos de usuários. Apesar do potencial de reduzir custos e acelerar validações, a discussão mostrou que ainda é preciso cuidado para não perder nuances humanas cruciais em decisões de produto.
5. A construção de agentes de IA e o risco do descarte

Um ponto polêmico foi a citação de uma pessoa participante sobre o que Satya Nadella - acredita que agentes de IA “vão matar o SaaS”. Em contraste, o Gartner prevê que 40% desses agentes serão cancelados até 2027. O desafio é entender se estamos diante de uma revolução ou de uma onda de experimentações que podem ser rapidamente descartadas.
6. A importância de estudar sobre "plataformas"

Chiodi citou que em ambientes de grandes empresas e mais corporativos, se torna cada vez mais importante dominar sobre plataformas será cada vez mais essencial. Saber integrar, conectar e orquestrar ferramentas se tornará diferencial competitivo para quem constrói produtos, principalmente pelas influências do uso de IA.
7. Autenticidade e senso crítico do PM

Em meio a tantos modismos, reforçou-se a importância do senso crítico do Product Manager. Autenticidade significa não adotar uma ferramenta ou metodologia apenas porque está em alta, mas porque realmente resolve o problema do usuário. Assim como, se aprofundar nos problemas vai ser importante para dominar as discussões de produtos.
8. Entender de “Contexto de IA” - vai ser um dos assuntos chaves e extremamente importante para “construir bons prompts”
O assunto contexto da IA se tornará cada vez mais relevante nas discussões sobre produto, carreira e estratégia. O tema não é passageiro e ainda temos muito a aprender, testar e questionar.

Foi um privilégio conduzir essa conversa e aprender com diferentes perspectivas. O painel deixou claro que estamos apenas no início dessa jornada — e que as perguntas certas são tão valiosas quanto as respostas.